Se eu pudesse eu voltava no tempo iáiá
Se eu pudesse eu voltava no tempo iôiô
Se eu pudesse eu voltava no tempo iáiá
Eu voltava no tempo iôiô
Eu voltava no tempo iáiá
Eu voltava pra ver Mestre Bimba jogar
Eu voltava pra ver Seu Pastinha também
Voltava pra ver Seu Traíra
Maré e também Paraná
Voltava pra ver Besouro Mangangá
Eu voltava pra ver Atanilo e Rozendo
Voltava pra ouvir cantar Mucungê
Voltava pra ver Caiçara
Voltava pra ver Waldemar
Voltava pra ver Onça Preta e Aberrê
Eu voltava pra ver a luta do batuque
Eu voltava pra ver o brilho da navalha
Na Bahia ver Mestre Noronha
No Recife Nascimento Grande
E no Rio pra ver Seu Manduca da Praia
Se eu pudesse eu voltava no tempo Sinhá
Só pra saber como tudo aconteceu
Se eu pudesse eu voltava no tempo
Voltava no engenho e senzala
Só pra ver como a capoeira nasceu
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Luanda eu volto
eu vou voltar
um dia eu volto Luanda
se Deus me deixar
Se Deus me deixar
Se ele permitir
Tudo que me ensinaste
Ainda vou lhe retribuir
Negros escravizados
Trazidos para o Brasil
Mesclaram suas culturas
E a capoeira surgiu
E hoje volta pra África
Essa arte brasileira
Filha de mãe africana
Chamada de capoeira
Pastinha foi a Dakar
Capital do Senegal
Meu Mestre foi a Luanda
De angola a capital
No meu peito um sentimento
De imensa gratidão
Pela herança africana
Que trago no coração
Eu também vou lá no Congo
No Benin, Guiné Bissau
Mas antes vou à Bahia
Pra buscar meu berimbau
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Lá da cidade alta
Quando amanheceu
Avistei mercado modelo
Me lembrei de Camafeu
Lá da cidade alta
Quando amanheceu
Avistei mercado modelo
Me lembrei de Camafeu
Camafeu de Oxóssi
Homem que muito sabia
As histórias, as tradições
E os mistérios da Bahia
Solista de berimbau
Cantador de capoeira
Legendário guardião
Da cultura brasileira
Colares, figas de Guiné
Tanta coisa ele vendia
Na barraca do mercado
São Jorge quem protegia
E o canto do Camafeu
Não era um canto qualquer
Era um canto mandingueiro
Com tempero e muito axé
Do elevador Lacerda
Eu voltei lá no passado
Me lembrei de Camafeu
Da barraca do mercado
Sources
No balanço do mar ioiô
No balanço do mar iaiá
No balanço do mar ê ê
No balanço do mar
Lá vem o navio negreiro
Trazendo africanos de lá
E aqui em solo brasilero
Escravos iam se tornar
No porto foi vendido
Para o senhor da fazenda
Pra plantar e cortar cana
E trabalhar na moênda
Eu sou negro sou valente
Tenho alma guerreira
Vou fugir do cativeiro
Pro meio da capoeira
Eu vou me embrenhar nas matas
E as correntes vou arrebentar
e voltar pra minha terra
Eu vou no balanço do mar
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Benguela me chama
Me chamou
É hora é hora
Eu já vou
É de madrugada
Galo já cantou
A roda formada
Berimbau tocou
Benguela me chama
Me chamou
Quando o galo canta
Avisa que é hora
Pra volta do mundo
Pelo mundo afora
Benguela me chama
Eu vou agora
É hora é hora
Não vou demorar
Iê vamos embora
Eu não posso ficar
Benguela me chama
Pra jogar
Luz que me alumia
No céu já brilhou
Com a Virgem Maria
Me encandeou
É Deus quem me guia
Com Deus é que eu vou
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Você quer ver
A verdade da Bahia
Basta você ir lá
Pra sentir toda magia
Na Bahia tem tem tem
Na Bahia tem tem lá
O capoeira
Nunca morre de verdade
A vida é uma passagem
É um dom que Deus criou
Me faz lembrar
Quando a Bahia chorou
Mandingueiro Waldemar
Foi embora e nos deixou
Recordações de Mestre Bimba
De Pastinha e Waldemar
E Camafeu de Oxóssi
Do mercado popular
Popó do Maculelê
E Besouro Mangangá
Eu me lembrei de uma senhora
do axé o cofonga
A benção Mãe Menininha
Do alto do Cantuá
e meu mano pantalona
que saudade foi deixar
Nosso Senhor do Bonfim
Venha nos abençoar
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